Lembro-me!...
De um dia estarmos juntos
eu e tu
o cão e a árvore
Nada mais contava que o nosso conexo
Não haviam céus mansos
nem rios bravos
Só a árvore e o cão
mais tu e eu
Haviam romarias ao redor de nós
que enchiam os ares de trovas celtas
que o bombo e o acordeão sorviam
Mas tudo isso era outro mundo
Apenas tu e o cão
a árvore e eu
Como numa ilha coberta de guitarras mansas
Quão bela eras
na primeira apalpada
Morena de assar
tal fruto de galhos tenros
coberta de picos
que o cão amansava
No vestido despido
depois só veludo
O sol descaía como um triste entrudo
quando te dispus na fogueira ansiosa
onde tu pulaste como uma ruiva bravia
Só tu e eu
o cão adulterava a árvore!...
O patusco tremor na primeira trincada
um gole de vinho
na goela já quente
E o cão que ladrava cheio de ciúmes
Castanha amiga
como eras moscada
No São Martinho do nosso todo dia
Montefrio
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